Boletim - Fevereiro 2012
Boletim informativo AUG
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Um beijo,
A primeira ninhadinha do mês chegou no comecinho de fevereiro. Mamãe e 4 lindos bebês encontrados em um ferro velho da Faria Lima. Essa família é a família dos sonhos: bebês saudáveis, mamãe cuidadosa, limpinhos, não dão nada de trabalho. Agora que estão com 25 dias, serão vacinados, castrados e aí, feiosos assim, não vão nem ficar no site por muito tempo esperando por adoção! Todos fofoletes e a mamãe abraça todos dia e noite. Lambe, lambe, lambe... Uma delícia cuidar de nenês assim!
A Gracinda é uma gatinha especial. É cega e vivia em uma escola. Sem poder se defender direito, acabou sendo vítima de maus tratos e ficou desconfiada, arisca mesmo. Quando engravidou, ela se escondeu e foi possível resgatá-la. Ela teve os bebês em segurança na clínica da Dra. Angélica, mas 3 bebezinhos não resistiram. Como ela está doente, os nenês tiveram de ser separados dela para que evitar que se contaminem. O único sobrevivente está tomando mamadeiras e estamos torcendo para que ganhe essa luta.
Pequenina e seus filhotes nasceram na Hípica de SBC e estavam sendo cuidados por uma conhecida de uma das nossas voluntárias. Apesar da boa intenção, ela não entendia nada de gatos, muito menos de mamães e bebês. Até salgadinhos davam para a gatinha que, morta de fome, acabava comento. A Carol, nossa voluntária, então resolveu levá-los para casa e dar os cuidados que eles precisam. Agora se alimentam bem, estão bonitinhos e logo serão doados. Essa linda mamãe foi procurar abrigo e esconderijo para ter seus bebês no lugar errado. Entrou em um prédio na Ricardo Jafet e, ao saber da existência dela, o síndico disse que ia jogá-la no rio. Fácil, né? Só atravessar a rua! Felizmente ela foi resgatada e teve seus nenês em segurança. Nossa voluntária Rebeca cuida dela e dos seus filhotes Carlota, Pablo, Ramon, Raul e Juan. A Annie não teve a mesma sorte dos gatinhos que ficam com suas mamães. Alguém pegou esse tiquinho de gato e deixou na rua, a mercê de todos os perigos. Um anjo passou por ela e a resgatou. Por sorte, ela estava cuidando de uma gatinha que estava com filhotes. A Annie foi adotada pela gata e sobreviveu graças ao leitinho da mãe adotiva.
Do Grajaú, ponto de abandono, já recebemos muitos gatinhos. Os primeiros que chegaram foram 4 filhotes que estavam em um bueiro. O pedido de ajuda que recebemos dizia que tinha uma gata muito magra e judiada escondida no bueiro e aceitamos resgatar. Quando fomos resgatar a gatinha, tinham mais 3 filhotes com ela. Os 3 filhotes são irmãos, mas a maiorzinha judiada é uma adolescente, que chamamos de Formosinha porque ela parece um gato que tivemos. Os filhotes, que chamamos de Teco, Tico e Tuca, estão bem e logo serão doados. A Tuca ficou dentinha e foi para a UTI com complexo respiratório e dificuldade pra respirar, mas já teve alta e agora só está sendo cuidada do olhinho. A Formosinha está ganhando peso e é uma fofa, quando estiver forte vai encontrar um bom lar.
Xuxinha, Stefani e Estrelinha são de uma senhora muito humilde, que realmente ama seus gatinhos e não os coleciona ou sai pegando todos os que vê pela rua. Ela quer cuidar bem dos dela, trabalha, cuida da mãe doente e vive para eles. Mas, quando um adoece, ela não pode pagar pelo tratamento. Dessa vez, por vergonha de pedir ajuda, esperou demais para nos procurar e as gatinhas estão muito doentes, talvez seja tarde demais. A Xuxinha tem câncer nas mamas e fez mastectomia de uma das cadeias mamárias. É uma operação dolorida, o pós-operatório é difícil, mas ela está lutando e nós também. É uma gatinha que não reclama de nada. Ela vai retirar os pontos essa semana e fazer a segunda parte da cirurgia, que é retirar a outra cadeia mamária. Ela precisa de tempo e cuidados para se recuperar e o caso dela é grave.
O Vitório é um gatinho sem sorte que foi encontrado pela protetora Maria Elisa gemendo de dor em sua garagem. Ela correu com ele para o único lugar que podia, um hospital 24 horas. Lá foi atendido e os exames mostraram que ele tinha sido espancado, estava com o maxilar deslocado e fratura no crânio. Para piorar, ele estava debilitado demais e com bicheira nos olhos e nariz, o que indica que a ferida era antiga. Os veterinários entraram com soro e medicamentos, além de morfina, já que ele sentia muita dor. Somente quando ele estava hidratado, estabilizado e teve condições de ser operado os veterinários retiraram o globo ocular comprometido. Com as despesas no hospital aumentando, a Maria Elisa pediu que pagássemos parte dos custos. Ao saber que a pessoa que iria assumir o pós-operatório dele não tinha condições financeiras para qualquer imprevisto, ele foi trazido para nós. Foi a sorte dele, porque o ponto do olho estava com pus e necrosado. Ele teve que colocar uma sondinha e fazer uma lavagem no local.
No mês passado, a Susan aceitou cuidar de um gatinho paraplégico. No email, uma veterinária de Itu pedia ajuda para ele e dizia que tinha encontrado o gatinho na rua, aparentemente atropelado. Com ela, ele fez uma cirurgia no fêmur e não voltou a andar. Na clínica, o Simon seria sacrificado e, por isso, a veterinária que o resgatou pediu ajuda ao AUG. A Susan, que tem uma gatinha paraplégica em casa e sabe o quanto ela é feliz, resolveu aceitar o Simon e cuidar dele. Não era justo que ele fosse sacrificado apenas por não andar. O Simon chegou em uma sexta-feira, véspera de Carnaval. Quando a Susan foi colocar fraldinha nele, ele urrou de dor. Ela não conseguiu colocar e achou muito estranho. Ligou imediatamente para a Dra. Angélica, veterinária da ONG, que o havia examinado no mesmo dia. Ela disse que durante o exame clínico ele tinha se comportado bem e que a dor devia ser a intensa manipulação. A Susan deixou o Simon quietinho para descansar. Só que, durante o feriado, Simon foi ficando com mais dor, mais irritado, sem querer comer e sem conseguir fazer xixi e cocô. Aquilo não era normal. Na segunda-feira, ela o levou de volta à Dra. Angélica e ele fez uma série de exames. No raio-x foi constatado que ele tinha, além do problema no fêmur, fratura de sacro e pelve. A cirurgia que ele tinha sofrido na pata tinha sido mal feita, pois o pino colocado ultrapassava a extensão do osso. Isso causou infecção e o rabo dele começou a ficar com feridas. No dia seguinte saiu o resultado do hemograma e Simon foi internado na UTI. A infecção estava altíssima e precisava ser controlada. Lá na UTI, mesmo com medicamentos, a infecção continuou a piorar e ele teve que ser operado às pressas, correndo o risco de não sobreviver ao pós-operatório. A patinha mal operada foi arrumada (agora Simon usa um fixador externo) e o rabo amputado. Os dias que se seguiram foram cruéis. Simon foi caindo, caindo... Não conseguia estabilizar a pressão, sempre muito baixa. Precisou fazer transfusão de sangue porque a infecção foi "comendo" tudo. Enquanto a gente aguardava o resultado da cultura antibiograma, Simon foi medicado com dois antibióticos potentes, mas que não fizeram efeito. E o resultado do exame constatou que ele era resistente aos medicamentos. Ou seja, perdemos tempo dando os antibióticos errados, mas não tínhamos como saber. Agora, quase duas semanas depois, Simon apresenta sinais de melhora. FINALMENTE!
Devíamos ter pedido ajuda para ele antes, mas estávamos com receio que ele não aguentasse e é sempre muito triste criar expectativas nas pessoas e depois vir com uma notícia de morte. Durante todos esses dias Simon ficou entre a vida e a morte e a gente rezando para que ele tivesse uma melhora. Finalmente, acho que podemos dizer que vai dar certo. Claro, ele ainda corre riscos, mas já estamos mais seguras para falar sobre o caso dele. A conta do Simon, somando exames, cirurgia e internação, já está em 6 mil reais. Deve aumentar bastante porque ele não pode ter alta da UTI.
Por isso, pedimos que colaborem com qualquer quantia. Quando a Susan aceitou o Simon, imaginou que o único trabalho que teria seria trocar fraldas e esperar por um dono. Mas ele não é paraplégico, Simon apenas foi mal cuidado e mal diagnosticado. Ele não anda por causa da patinha, do sacro e da pelve quebrados, não há nada de errado na coluna e ele tem sensibilidade em todos os membros. A luta contra a infecção continua. Sai muito pus da patinha dele e os leucócitos ainda estão muito altos. Mas se Deus quiser ele vai ficar bom e ainda vamos ver esse gatinho correr!
Era começo da madrugada quando um pedido do Facebook chegou até o AUG. Uma gatinha bem magrinha que parecia ter dificuldades para respirar tinha sido resgatada por uma moça que queria ajudá-la, mas não tinha condições de levar até o veterinário. Depois de nos comprometermos a acudir a gatinha e pagar por tudo, ela foi a 3 clínicas veterinárias abertas naquele horário e teve socorro negado porque não tinha cheque ou cartão para deixar a gatinha na UTI. Telefonamos, tentamos convencer as clínicas e nada. Até que outra pessoa, que estava mais perto, viu o apelo e foram juntas para outro veterinário que a atendeu e deu os primeiros socorros. Ela melhorou depois de hidratada e, no dia seguinte, seguiu para a Dra. Beatriz. Um exame constatou um afundamento de externo, um defeito congênito, que de um jeito bem simples de explicar significa que a caixa torácica dela não cresceria como o resto do corpo. Sem espaço os órgãos ficam espremidos e, por isso, ela tem dificuldade em respirar. Ela estava bem cuidada, ganhando forças para a cirurgia, e a cada grama que ela ganhava todos os envolvidos comemoravam! Estávamos apaixonados por aquele tico de gatinha de cor tão rara e carinha de anjo. Mas talvez por ser um anjo de verdade, quando achávamos que ela não corria mais riscos, a respiração dela descompensou e ela passou a noite no oxigênio da UTI. Na manhã seguinte teve uma parada respiratória e virou estrelinha. A notícia veio como uma bomba. E de nada adiantou sabermos que cedo ou tarde ela iria sofrer com a deficiência. Acreditávamos que, depois de fortinha, uma cirurgia corrigiria o problema... Recebemos o pedido de ajuda para uma gatinha que foi diagnosticada com hérnia diafragmática. No email já estavam os exames, o raio-X e a foto da fofinha, uma escaminha com cara de pidona. Tudo que pediam no apelo era ajuda para cirurgia e, como nós temos um histórico de sucesso em casos assim (mesmo em filhotes), nos oferecemos na hora para salvar a gatinha. Ela chegou bem, gordinha, sem febre, como um presságio de que era a hora certa para operá-la. Mais exames e ficou decidido: a cirurgia não podia esperar e ela estava forte para isso. Infelizmente, aconteceram aquelas coisas que ninguém entende. Como a Emília entra em cirurgia pesando 300 gramas, retira os 2 olhos infeccionados e o monitor não mostra sequer um batimento cardíaco diferente e uma gatinha gordinha, fortinha, com exames em ordem, vai para a cirurgia e tem uma parada respiratória? Ela não resistiu. Ficamos arrasadas. Era a segunda bebê do mês que morria na cirurgia. Habib, Nadia e Samira foram resgatados dos fundos de um restaurante. Chegaram doentinhos, com muita diarreia, sempre apáticos. Não brincavam, não comiam bem e estavam sempre caidinhos. Todo o tratamento de suporte foi dado, mas eles não melhoravam. Eles tinham um quadro grave de complexo respiratório e, depois de internadas, Samira e Nádia não resistiram e morreram de insuficiência respiratória. Conseguimos salvar o Habib, que continua fraquinho e sob cuidados constantes. O Pinóquio foi resgatado pela nossa veterinária. Enquanto ele ainda estava na quarentena, em uma dessas rasteiras da vida o Pi pegou fungo, uma coisinha de nada, tratável rapidamente. Mas não para ele. O remédio baixou a imunidade e ele, com alguma predisposição para PIF, adoeceu rápido. O vírus incubado se manifestou e, apesar de toda a luta, todos os dias internado, todos os cuidados, ele não resistiu. Inconformadas, ainda pedimos a necrópsia, que confirmou o que os veterinários sabiam. É raro acontecer algo assim, mas aconteceu… Raphinha foi abandonado em uma caixa de papelão no Terminal da Fernão Dias e passou a tarde toda na caixa, sem se mexer, no sol, sem comer, sem beber água, com dificuldade para respirar e sem conseguir ficar em pé. Levado para os primeiros socorros, ele urrava de dor ao ser manipulado e só se acalmou quando tomou um analgésico que diminuiu a dor. O raio-X não constatou fratura e ele foi levado para a Dra. Angélica. Ele estava com os nervos da coluna inflamados, desnutrido e com pneumonia. O tratamento foi intensivo, cuidadoso, com dias e dias de UTI, mas ele é um guerreiro, gatão de rua, e está se recuperando.
Vocês conheceram a Charlote, uma gatinha espancada, no nosso boletim passado.
Mas a Charlote não é uma menina, é um menino! Por isso agora se chama Charles! :-) O Charles foi internado para se recuperar das lesões e, quando estava de alta, foi para a casa da Keka terminar seu tratamento. Ele está super bem, já recuperou parte dos movimentos e começou a andar pela casa.
Quem sabe esse menino logo não encontra uma família que ache engraçadinho o jeito dele andar, né? Nesse mês dissemos adeus, ou melhor, até logo, para outras duas gatinhas do abrigo que também esperaram por muito tempo uma família, que nunca chegou. Ameixa e Goiabinha vieram do mesmo resgate e quiseram ir embora juntas.
A Ameixa era uma gatinha tímida, sempre quietinha no seu cantinho. Raramente deixava que fizéssemos carinho, mas quando ela começou a emagrecer, percebemos que algo estava errado. Os exames mostraram um linfoma e, do dia da descoberta até ela virar estrelinha, não demorou muito. Fizemos tudo que podíamos. Ela ficou internada com cuidados constantes, 24 horas por dia, mas não houve tratamento ou orações suficientes para salvar nossa escaminha.
Em fevereiro 71 gatinhos encontraram suas famílias. Conheçam os felizardos! ![]() ![]() ![]() ![]()
A Bella, outra mamãe do abrigo, também ficou muito doente. Ficou apática, não queria comer. O que era uma rinotraqueíte virou um complexo respiratório grave, que, além dos pulmões, pega também os olhos, com um tipo de herpes muito forte. Se não é cuidado com colírios certos e em horários rigorosos, pode deixá-los cegos. Felizmente ela já teve alta e se recupera.
Fevereiro foi um mês de muito, muito trabalho. A gente sempre torce para que o próximo mês seja mais leve, para que tenhamos um respiro e possamos administrar os gatinhos que já chegaram sem sufoco. Gostamos do que fazemos, mas não somos de ferro! Mas não é assim que funciona... Vem um problema atrás do outro, um caso mais cabeludo do que o outro para resolvermos. É muito difícil ser ONG de animais no Brasil, muito. Sem apoio do governo, sem interesse das empresas em nos patrocinar, sem nada a não ser nossa boa vontade e a bondade de vocês. Graças a Deus temos vocês, que amam os animais como a gente, que nos valorizam, que doam dinheiro, ração, areia e remédio para que nada falte aos nossos 450 abrigados e para que possamos continuar na ativa, resgatando, ajudando, salvando vidas. Se fazemos o que fazemos, se dedicamos as nossas vidas para essa causa é porque temos a ajuda de vocês, então o nosso mais sincero obrigado. Obrigado por fazerem parte desse time do bem! Por favor, continuem colaborando para que nossos sonhos virem realidade e a gente possa salvar muitos outros animais!
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