Metrô News - 11/01/2013

Um caso de amor pela internet

 
Desde que se mudou para sua nova casa, há cerca de um ano, a estilista Yumi Sakate, de 32 anos, procurava um animal de estimaçãodiz para companhia na nova fase da vida. Na internet, encontrou uma dupla de gatos ‘irmãos’ e foi amor ao primeiro clique.

“Todos eram lindos, fo- fos e encantadores. Mas foi como se meus gatos estives- sem destinados a mim e eu a eles, não sei explicar bem”, conta Yumi. Ela viu os bichanos no site da Ong Adote um Gatinho, que admira. Logo procurou saber como poderia conhecê-los pessoalmente.

A dupla havia sido devolvida por um adotante e, em função da convivência e do laço que tinham um com o outro, tratava-se de uma adoção conjunta. Ambos conquistaram o coração de Yumi.

Batizados de Camember e Brie, os irmãos tinham pouco mais de um ano e conheceram sua nova mãe na casa de uma protetora, aonde foram espontâneos e divertidos, apesar do jeito reservado típico dos felinos. “Logo houve uma empatia entre nós três e não tive dúvidas sobre a adoção.”

Ainda antes de chegar, as atenções da casa da estilista já eram dos gatos, já que a nova mãe tratou de preparar todo o seu apartamento para receber os filhotões. “Achei engraçado quando fui fazer uma compra enorme no pet shop com várias preocupações, além de tratar de telar as janelas”, lembra.

“São animais, mas verdadeiros filhos”

Ao falar sobre a experiência de criar os bichanos, Yumi Sakate, que teve mais aproximação com cães durante a infância, afirma que os gatos são “incríveis”. Ao justificar a avaliação, a es- tilista diz que o comporta- mento dos felinos é tranquilo, mais observadores e, ao mesmo tempo, carinhosos, brincalhões e amáveis. “Respeito a condição animal, são animais. Mas são verdadeiros filhos”, diz a estilista. Ela diz que tem preocupações com situações cotidianas, como o receio de oferecer um petisco de comida humana e fazê-los passar mal ou pensar se estão bem enquanto está no trabalho.

Paparicos na viagem a Botucatu

Seis meses depois da adoção, Camember e Brie passaram alguns dias em Botucatu, na casa da mãe de Yumi. Ela diz aos risos que a bagagem aumentou em função dos ani- mais. “Achei prudente levar brinquedos, almofadas, enfim, tudo que eles gostam, para que não se sentissem estranhos em outra casa”, diz. Os bichanos só não gostaram do banho na volta. “Odiaram e ficaram bravos”, diz. Ela considera ter valido a pena lidar com o mau humor da dupla diante do perfume e da maciez do pelo dos felinos.